A maior parte dos casos de suicídio está associada a algum transtorno mental que poderia ser tratado.
Não devemos hesitar em buscar ajuda.
Em 1994, o americano Mike Emme se suicidou com apenas 17 anos, dentro do seu carro, um Mustang 68 amarelo.
A família dele e os amigos usaram fitam amarelas e mensagens de apoio na tentativa de ajudar outras pessoas que estivessem em situação dramática, pensando em acabar com a vida.
O ato comoveu muita gente e inspirou ações mundo afora.
Hoje o 10 de setembro é o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, mas no Brasil a campanha de conscientização dura o mês todo.
A iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e do Conselho Federal de Medicina (CFM) tem como objetivos disseminar informações que ajudam na prevenção do suicídio e incentivam o cuidado com a saúde mental.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) informa que ocorrem aproximadamente 800 mil casos por ano no mundo.
É a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.
No Brasil a estatística também é assustadora.
São 11 mil suicídios anualmente, mais de 30 por dia.
É importante reconhecer que qualquer pessoa pode, em algum momento, experimentar um grau extremo de sofrimento e ser movida pelo desespero, atentando contra a própria vida.
Portanto, alguém que comete ou tenta o suicídio não tem necessariamente um transtorno mental.
Mas os dados mostram que a maior parte dos casos está associada a alguma doença como a depressão.
Um problema de saúde que pode ser tratado com acompanhamento médico.
Infelizmente, a maioria das vítimas morre sem receber qualquer atendimento psiquiátrico ou psicológico.
Confusão mental, medo, desinformação, preconceito e falta de uma rede de apoio são alguns dos fatores que sufocam o pedido de socorro e impedem o tratamento.
Por isso devemos ficar atentos às nossas próprias emoções e ao comportamento das pessoas com quem convivemos.
Muitas vezes a pessoa que está alimentando ideias suicidas fala sobre isso de alguma maneira, direta ou indiretamente.
Não ignore, não considere que é apenas uma forma de chamar atenção.
Frases como “eu gostaria de sumir”, “não aguento mais viver”, “a vida não tem mais sentido”, “minha dor não passa”, são típicas de pessoas que estão propensas a desistir da vida.
Evitar o convívio social, se isolando frequentemente, demonstrar desinteresse pelo trabalho e estudos, não falar sobre planos futuros, também são sinais de alerta.
Conheça fatores de risco listados por especialistas.
Se algo não vai bem, fale sobre isso com alguém que possa ajudar, de preferência um profissional qualificado, opsiquiatra ou o psicólogo.
Você também pode ligar para o CVV - Centro de Valorização da Vida que oferece apoio emocional e de prevenção do suicídio gratuitamente para qualquer um que queira conversar, mantendo sigilo absoluto.
O contato pode ser pelo telefone 188 ou por e-mail e chat, 24 horas por dia.