Não descuide do coração

Doenças cardíacas estão entre as principais causas de morte no Brasil.

Doenças do coração

As doenças do coração provocam em média 400 mil mortes por ano no Brasil, segundo o Ministério da Saúde.

O número representa 30% do total  de óbitos no país.

Atualmente, cerca de 14 milhões de brasileiros e brasileiras têm alguma enfermidade cardiovascular.

Entre 2017 e 2021, mais de 7 milhões de pessoas morreram devido a doenças cardíacas no território nacional.

A alta incidência de doenças cardiovasculares é influenciada pelo ritmo de vida moderno, dietas ricas em sal, gordura e açúcares, além de estresse e pouca atividade física.

Muitas mortes poderiam ser evitadas com diagnóstico precoce e controle dos fatores de risco, como tabagismo, diabete, hipertensão e obesidade.

No entanto, a maioria dos brasileiros nunca consultou um cardiologista.

Alimentação que protege

Alimentos ricos em fibras, antioxidantes e gorduras saudáveis ajudam a manter o coração forte e reduzir o risco de doenças cardíacas.

Conforme o Ministério da Saúde, a alimentação cardioprotetora é indicada tanto para prevenir doenças cardiovasculares em pessoas com fatores de risco (obesidade, hipertensão, diabete e colesterol alto), quanto para aqueles que já sofrem problemas cardíacos.

Veja a classificação que pode ajudar na escolha de alimentos saudáveis.

O grupo verde deve ocupar a maioria no prato, depois o amarelo, seguido de azul.

No grupo vermelho, estão os alimentos que ameaçam gravemente a saúde cardíaca.

Grupo verde

• Verduras: alface, repolho, couve, brócolis, espinafre, agrião
• Frutas: banana, abacaxi, maçã, uva, limão, manga, morango, mexerica, laranja
• Legumes: cenoura, tomate, chuchu, maxixe, abóbora, beterraba, abobrinha, berinjela
• Leguminosas: feijão, soja, ervilha, lentilha
• Leite e iogurtes sem gordura: desnatados ou semidesnatados

Grupo amarelo

• Pães: francês, caseiro, de cará, integral
• Cereais: arroz branco e integral, aveia, granola, linhaça
• Macarrão
• Tubérculos cozidos: batata, mandioca, mandioquinha, inhame, cará
• Farinhas: mandioca, tapioca, milho, rosca
• Oleaginosas: castanha-do-Brasil/Pará, caju, nozes
• Óleos vegetais: soja, milho, azeite
• Mel e doces: goiabada, doce de abóbora, cocada, geleia de frutas

Grupo azul

• Carnes: de boi, porco, frango e peixe
• Queijos: brancos e amarelos
• Ovos
• Manteiga
• Doces caseiros: pudim, bolos, tortas, mousses
• Leite condensado
• Creme de leite

Grupo vermelho (evitar)

• Macarrão instantâneo
• Salgadinhos de pacote
• Biscoitos e bolachas
• Embutidos: presunto, mortadela, salame
• Sucos industrializados: em pó ou em caixinha
• Refrigerantes
• Linguiça e salsicha
• Nuggets, hambúrguer congelado
• Achocolatado em pó
• Refeições congeladas industrializadas
• Molhos industrializados: ketchup e mostarda
• Sorvete (massa ou picolé)
• Farinha láctea

Atividade física

Segundo o Guia de Atividade Física para a População Brasileira do Ministério da Saúde, adultos devem realizar pelo menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.

Exercícios como caminhar, correr e nadar ajudam a fortalecer o músculo cardíaco, melhorando sua função geral.

Além disso, a atividade física é fundamental para manter um peso saudável, reduzindo o risco de obesidade.

A prática regular de exercícios também auxilia na manutenção da pressão arterial em níveis normais e promove uma boa circulação sanguínea ajudando a prevenir coágulos e outras complicações.

Exames preventivos

Consultas médicas anuais permitem o diagnóstico precoce e a prevenção de problemas graves.

O médico deve pedir exames de rotina para monitorar a saúde cardíaca.

O eletrocardiograma (ECG) identifica irregularidades no ritmo cardíaco; já o teste de esforço na esteira avalia a resposta do coração ao exercício físico.

Além disso, exames de sangue são importantes para verificar níveis de colesterol e outros indicadores de saúde cardiovascular.

Estresse

O estresse crônico tem um impacto negativo relevante na saúde do coração, aumentando o risco de hipertensão e doenças cardíacas.

Práticas de meditação e exercícios de respiração, ajudam a controlar as emoções, melhorando a saúde mental.

Outro hábito saudável é ter momentos de relaxamento em atividades recreativas, como leitura, artesanato ou jardinagem.

Manter relações sociais saudáveis e buscar apoio em amigos e familiares também é fundamental para reduzir o estresse e aumentar o bem-estar geral.

Adote hábitos saudáveis e busque acompanhamento médico.

Cuide do seu coração e estimule as pessoas ao seu redor a fazerem o mesmo.

Fontes:

• Ministério da Saúde: Alimentação Cardioprotetora​

Ministério da Saúde: Guia de Atividade Física para a População Brasileira