Seja um voluntário
Os olhos sofrem com o tempo seco do inverno, aumentando os casos de problemas oculares entre os meses de junho e setembro.
A baixa umidade do ar favorece o acúmulo de poeira e outros poluentes.
Nesta época do ano é comum perceber os olhos irritados e vermelhos, sentir ardência e coceira.
Esses incômodos podem ser sintomas de alergia ocular, um problema comum que chega a atingir 20% da população segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
No inverno, ao permanecer em ambientes fechados devido ao frio ou ao enfrentar ar seco e vento nas áreas externas, ficamos mais expostos aos agentes que provocam alergia nos olhos como ácaros e poeira.
A conjuntivite alérgica, que provoca inflamação na parte branca do olho, não é contagiosa como as conjuntivites viral e bacteriana.
Mas é importante ficar atento e consultar o médico porque os sintomas são semelhantes.
As pálpebras ficam inchadas, a vermelhidão aparece, os olhos coçam, aumenta o lacrimejamento e a sensibilidade à luz.
A recomendação dos médicos é evitar tudo o que possa servir de gatilho para as crises como poeira, mofo, ácaro, perfume e produtos de limpeza com cheiro forte, por exemplo.
Reduza o risco de conjuntivite e rinite tomando alguns cuidados:
Evite usar vassoura na limpeza da casa, prefira aspirador de pó e pano úmido.
• Não tenha muitos tapetes e cortinas, se tiver, cuide para que não fiquem muito tempo sem lavar.
• Troque a roupa de cama toda semana.
• Cuidado com o colchão e o travesseiro, eles podem acumular ácaros. De preferência use capas de tecido impermeável e antialérgico e mantenha o quarto arejado e exposto ao sol.
• Lave cobertores que ficaram guardados muito tempo antes de usar.
• Evite ambientes com ar-condicionado e se tiver o aparelho em casa, mantenha os filtros limpos.
Se o incômodo persistir por mais de 24 horas ou houver secreção nos olhos, procure um médico.
Só o oftalmologista pode confirmar o diagnóstico e, se for o caso, tratar a alergia com colírios e até medicamentos antialérgicos via oral.
Olho seco
A baixa umidade do ar pode piorar também a condição de pessoas que sofrem da síndrome do olho seco, ou seja, possuem deficiência na quantidade e na qualidade das lágrimas.
As lágrimas são muito importantes para a proteger, nutrir e lubrificar todas as estruturas dos olhos.
A síndrome é mais comum após os 40 anos, mas dependendo do índice de umidade do ar até pessoas com olhos normais podem ser afetadas.
O sintoma típico é sensação de cisco ou areia nos olhos, além de ardência, coceira e sensibilidade à luz.
Quando não tratada, a síndrome do olho seco pode provocar até lesões na córnea.
O ideal é consultar o oftalmologista com regularidade e, em caso de irritação nos olhos, vá o quanto antes fazer uma avaliação profissional.
Cuide bem da sua visão, ver o mundo é um privilégio.
Fonte: Conselho Brasileiro de Oftalmologia.